quarta-feira, 11 de maio de 2011

A Música de Ontem e a Música de Hoje

Estamos num mundo fonográfico absolutamente comercial, produtores ricos montam "meninos" bonitos e fazem "rock" pra eles cantarem, garotas com rosto aceitável e excepcionamente magras são financiadas pelos pais e cantam três ou quatro frases seguidas de um ritmo com intenção de ser chiclete.
Tudo é feito pra vender... e só! A concorrência aumentou, a ânsia de ser o melhor também, mas a qualidade diminuiu. Já foi o tempo em que analisávamos a letra das canções, a voz do intérprete, o modo como o arranjo soava, não importando o estilo musical.

Tambem não posso ser hipócrita e dizer que são ruins as coisas de hoje, não são! É impossível não se contagiar com alguns batidões contemporâneos, mas é que esse êêê, ohohohohohohohoh, me-e-e-e-e-e-e, hey hey hey hey hey, dá uma canseira na mente. Fora quando não nos deparamos com Jennifer Lopez usando instrumental de Chorando se Foi, dando a sensação de que nada mais novo surgirá.

Todo mundo quer inovar, mas na mesmice, até porque o vendável é o lixo (vide a popularização do funk), e isso me preocupa quanto ao futuro. Hoje em dia cultuamos os anos 70, 80 e 90. Será que amanhã alguém vai cultuar os anos 2000, onde quase todos se venderam pra indústria do "essa música em que pegar!"?

Sinto saudades de escutar Outkast nas rádios, sem as preocupações com as vendas, a que depende sua música pra ser tocada ou não. Ver na tv o lançamento de um clipe da Emma Bunton e não linkar a ela o temido termo flop, viver mesmo num tempo em que o lançamento de um cd era o lançamento mesmo, pra todo mundo, sem vazamentos ou previews na internet.

E pensar que Capital Inicial era febre entre os jovens, Renato Russo era o rei das letras, Skank, Jota Quest e Titãs faziam um tremendo sucesso, não eram só aberturas de novelas, Paralamas do Sucesso era uma banda respeitada e o nome de Cazuza ainda era falado, dá até um orgulho de ter pegado um pedacinho que fosse dessa geração. Pois, ontem, uns garotos falavam sobre Natasha, hoje outros garotos apostam um beijo que você os quer (Bléérgh!).
Hoje em dia as pessoas ainda tem coragem de definir coisas como Restart, Justin Bieber, Kesha e Rebecca Black como música atual, Deus me livre!

Este não é um post saudosista, de um cara bronco, insatisfeito com o mundo atual, até porque tenho 19 anos apenas e dou duro pra encontrar música boa e sair da mesmice, tendo, na maioria das vezes, que recorrer ao passado!

Pra matar a saudade:

[Capital Inicial - O Mundo]

Tem noção que em outros tempos tivemos Elis, Bethânia, Abba, Tina, Chico, Beatles, Gal, Gil, Caetano, Nara...? Que inveja de antigamente!

3 comentários:

  1. Faço das suas palavras as minhas. Eu não tive a oportunidade de ouvir pessoas falando sobre Natasha, mas ouso gritar aos quatro vento - para quem provavelmente não quer ouvir - que ela era Ana Paula...
    Enfim, ótimo blog. Nunca perca sua ideologia, por favor.

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  2. Bom,cada um tem seu gosto,mas eu não acho esses cantores tão ruins assim,eu também não gostava, comecei a ouvir e agora sou fã de muitos deles,mas também gosto muito dos Beatles por exemplo e muitos outros cantores que nem ouço muito falar....tenho 13 anos,deve ser por isso que não sou muito achegada a músicas antigas.

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  3. Tenho 13 anos e amo as músicas atuais,concordo com você que alguns cantores de atualidade são ruins e que a maioria é só modinha, mas eu não concordo com você em relação a Kesha pois ela canta muito bem e quanto ao Justin até ouço algumas músicas dele mas prefiro Demi Lovato, Nicki Minaj, Maroon 5, Big Time Rush, Selena Gomez, Florida, Katy Perry, System Of A Down, Nirvana, AC DC, entre outros. Sei não parece normal gostar de rock e ao mesmo tempo gostar da Demi Lovato mas cada um te um gosto e no meu caso vou pelas letras das músicas não pelos cantores.

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