domingo, 30 de janeiro de 2011

Medo da solidão

Esse post parte do desejo mais profundo do meu coração, vem de um lugar que eu realmente achei que nunca estaria.

Cercado pelos meus êxitos e por tudo aquilo que a vida e meu esforço tem me dado, me vejo deficiente do principal sentido. Por mais que eu me paralise na rua ou sente à margem da plataforma, tenho certeza de que não posso apertar os ponteiros do relógio a trabalharem mais depressa, pois não possuo pagamento a eles. Não gosto do que está acontecendo, mas ainda acho bonito meu caminhar diante da tempestade que assola a avenida movimentada, meio sol, meio chuva, muito vento, folhas voando e arranhando meu rosto. Estou vestindo aquilo que me remete a você e escolhendo me punir intimamente.

Apesar do sofrimento, gosto de sentir meu coração descompassado numa miscelânea de paixão e dor... o arrependimento ofusca o brilho do meu sol e a tua reação deita minha força, que está diante de seus braços... corro, paro, sento choro, penso, eu estou aqui, mas você não, e isso de alguma forma é bom, pois o moinho em que vivemos irá alavancar o mundo que construí.

Eu posso perder meu trabalho, perder minha família, perder minha alegria de viver, posso ser traído, pisado e até humilhado, mas a única coisa que mais me assusta é o medo da solidão...

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