sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Espíritos ambulantes e corpos enterrados

Post digno de Estranho Universo!

Reza a lenda que o terreno onde minha casa foi construído, pertenceu a um fazendeiro há muitos anos atrás. E que sua família morta foi enterrada onde a gente pisa hoje em dia.
Junto a esse fato, ainda temos uma vizinha ex-macumbeira e o histórico de seis pessoas mortas no quintal.

Antigamente, quando minha mãe ainda tinha mãe, as pessoas ouviam passos dentro de casa, barulho de copo, barulho de portão e de cortina sendo arrastada, tudo isso depois das onze da noite. Quando um senhor que morava ao nosso lado morreu, minha mãe jurava tê-lo visto na nossa cozinha. Assim como minha tia, que, segundo meu padrasto, veio até ele de madrugada, um ano depois de sua morte, e após o carro do resto da família ter quebrado no meio da estrada, e pedido a ele para cuidar de suas filhas. Pra minha irmã isso soa assutador, já eu acho que podemos colocar uma placa "Hotel dos Espíritos", afinal, porque esse povo que morre, insiste em aparecer aqui em casa?
Tem uma historia também da época em que eu nem era nascido, que todo mundo via o espírito de uma mulher de branco, decidi apelidá-la de Dama de Branco, para dar o tom dramático da narrativa. Pois bem, todo mundo viu essa Dama de Branco passeando pelo quintal. Meus tios, que voltaram da noitada e não tiveram coragem de entrar em casa, pois afirmavam que ela os observava do portão. Nosso vizinho, que era obrigado a ir no banheiro do lado de fora da casa e saiu correndo de medo ao vê-la atravessando a passagem. História vai, história vem, chamaram uma benzedeira! A dita cuja veio até nós e disse que de fato havia um espírito no quintal, a tal Dama de Branco perdera-se de seu túmulo, por conta da civilização avançada, e não sabe com chegar em "casa". Minha ironia não pode deixar de dizer que se antes de dar uma volta ela tivesse marcado o caminho com pedaços de pão, como fizeram João e Maria, não teria assustado tanta gente na tentativa de encontrar seu lar.
Parece que ela encontrou seu túmulo perdido, pois não deu mais as caras por aqui, ou então desistiu de nos assombrar e foi procurar outra casa, son of a bitch!

Pois bem, não só o fato de que quando evangélicos visitaram nossa casa há muitos anos, quebraram um corujão gigante que tínhamos na cozinha, afirmando que aquilo era a porta dos maus agouros. Todas as corujinhas que eu brincava quando era mais novo, advindas da outra, quebraram na minha mão no primeiro dia que eu toquei nelas.

Hoje faz exatamente sete anos de sua morte e de dois dias pra cá, as pessoas daqui de casa tem sentido coisas esquisitas acontecendo. Coisas que eu não tenho reparado ou sentido, afinal, não escuto passos na cozinha, nem portão abrindo, e também não sinto arrepios fortíssimos durante a noite com a certeza de que alguém me observa, mas meus pais tem sentido isso todos os dias. Não sabemos se isso flui da data do aniversário de sua morte ou outra coisa, mas porque será que só eu não percebo?

Bem, não sei se acredito nisso, talvez pela projeção mental, mas as pessoas viam as mesmas coisas né... Bão, é isso, segue o mistério até hoje, qualquer dia eu reúno todas as milhões de histórias que conheço sobre minha residência e escrevo um livro de contos de dar medo!

See ya!

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